PGR aceita ser ouvida no Parlamento mas quer aguardar por relatório do Ministério Público

por RTP
Foto: Miguel A. Lopes - Lusa (arquivo)

A procuradora-geral da República, Lucília Gago, aceitou esta quarta-feira a audição, mas pede que a audição não decorra já porque o relatório de atividades do Ministério Público ainda não está concluído.

Na resposta a que a RTP teve acesso, a procuradora-geral da República afirmou que está "disponível para aceitar uma audição" na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

No entanto, assinala que a audição irá incidir, entre outros temas, sobre o relatório anual de atividades do Ministério Público em 2023, pelo que propõe que a audição só aconteça quando o documento estiver concluído. Garante que o relatório será "previsivelmente" ultimado "dentro de escassas semanas".

"Apesar de expressar disponibilidade para comparecer na data proposta, [a PGR] ousa sugerir que a audição aprovada possa ocorrer após a conclusão do sobredito relatório", acrescenta.

O Parlamento aprovou a audição urgente de Lucília Gago, com a maioria dos partidos a apoiar a chamada da responsável pelo Ministério Público. Em causa está a apresentação institucional do relatório anual de atividades do Ministério Público.
Esta quarta-feira foi aprovado, em sede de comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o requerimento do Bloco de Esquerda para ouvir a procuradora-geral da República, Lucília Gago.

Na reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, foi também salientado o caráter "de urgência" inerente ao requerimento do Bloco de Esquerda, indiciando que a audição se deverá realizar nas próximas semanas, antes da interrupção dos trabalhos parlamentares para férias do verão.
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